O Bota na Rua é um projeto que resolvi empreender sozinho.
Eu, acostumado a trabalhar em equipe nas empresas que atuei como freela, colaborador, consultor, sócio ou dono de agência, eu estranhei a solidão.
O Bota na Rua é um projeto digital - desejo mudar um pouco para o físico com o tempo.
As interações são limitadas a internet.
Você fala com as pessoas, mas não as vê em carne e osso.
Aqui a solidão é acompanhada.
Eu criava, enquanto me mudava de país e recebia cartas de fãs verdadeiros de todas as partes.
Não eram apenas “perguntinhas” sobre marketing. São textos elaborados, de gente cansada, frustrada, irritada por ver seu potencial ser limitado:
à cultura de uma empresa;
ao relógio que não passa;
às férias que não tira;
aos amigos que não vejo;
aos quadros que não pinto;
aos poemas que não escrevo;
às história que não conto;
E eu até falei para minha psicóloga:
— Como tanta gente se sente como eu?
O sonho deixa de ser solitário quando a gente bota na rua
E claro, tem um custo.
A frase é bonita, mas o processo é lento.
Às vezes » estamos solitários porque sentimos que temos que nos esconder do mundo, por que já vivemos muitas situações que nos mostram que: sim, pessoas machucam.
Às vezes » estamos otimistas porque lembramos que foi bom aparecer no mundo, porque também temos memórias boas e sabemos quem são as pessoas que participam desses momentos.
Equilibrar os pólos entre proteger o que é importante para você e mostrar o que pode ajudar outras pessoas é um desafio diário.
Um otimista nos palcos, um solitário na criação
A solidão foi o recurso mais econômico que encontrei para criar e me isolar de interações e estímulos, mas paradoxalmente, tenho muitas memórias positivas criando junto:
pode ser criar com as pessoas que interagem contigo;
com amigos;
com pessoas que você confia;
O que você cria começa a ganhar o mundo quando a gente compartilha esse peso de criar sozinho.
Você não está sozinho quando:
lê o conteúdo de alguém que você se identifica;
assiste uma série que faz você sentir o que você quer sentir;
alguém escuta atentamente algo que você queria muito falar;
Um negócio sustentável supri a própria necessidade enquanto supri a necessidade do outro.
O Bota na Rua me permitiu buscar esse caminho, mas como eu disse:
A frase é bonita, mas o processo é longo.
Eu continuo acreditando.
Se a gente acreditar junto fica mais fácil.
Com carinho,
Tambem continuo acreditando <3
Amei demais a reflexão, ultimamente sinto uma solidão de não encontrar fora do on-line pessoas que também compartilham da mesma paixão pela arte qual eu tenho paixão.
E essa solidão me levou a começar a escrever meus textos com meus pensamentos sobre a técnica. Conversas que eu teria pessoalmente com outras pessoas que fazem ou se interessam pelo mesmo assunto que eu.
Então no momento que vai ao ar me sinto bem pois talvez meus textos estejam chegando a pessoas que sentem o mesmo que eu e possa ser um espaço de diálogo mesmo que ainda no on-line.